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Morning Call

Banco Modal – 27 de Fevereiro de 2023

◾ BRASIL

Fernando Haddad: (I) Segundo a Folha, o temor com a possível deterioração das condições da economia tem alimentado a pressão sobre Fernando Haddad entre membros do governo e aliados do presidente Lula. (II) Segundo Lauro Jardim, Dentro do PT é dada como certa que, na reunião de hoje entre Lula, Fernando Haddad, Rui Costa e Jean Paul Prates para decidir se o governo mantém ou revoga a isenção de impostos federais sobre combustíveis, a solução será uma reoneração parcial. (III) Além do preço dos combustíveis, a pressão de membros do governo e aliados de Lula sobre Haddad inclui outros pontos da agenda econômica que podem contribuir para uma piora no cenário e o agravamento de problemas políticos. (IV) Paira sempre entre membros desse grupo a avaliação de que um governo que venceu as eleições por uma margem mínima não tem muitos créditos a queimar. (V) Uma preocupação especial tem sido o cenário do crédito no país. O combate à inadimplência deve ser encarado como um desafio imediato pelo ministro da Fazenda.

Crédito: (I) Valor econômico cita fonte da Fazenda que indica que a principal alternativa em estudo pelo governo para manter abastecidas as linhas de crédito a empresas não envolve subsídios do Tesouro Nacional.  (II) A ideia é utilizar a linha do Banco Central que dá liquidez ao sistema. Trata-se de um instrumento que já existe e serviu para combater efeitos da crise da covid-19.  (III) Em paralelo, o governo negocia com o Congresso ajustes no Pronampe. O relatório do deputado Yury do Paredão (PL-CE) para a MP 1.139 vem sendo feito em diálogo com a área econômica. A MP foi editada em outubro passado para prorrogar de 60 para 72 meses o prazo de pagamento dos empréstimos.

Banco Central: (I) O presidente Lula já foi alertado, por interlocutores no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, que a eventual escolha de um economista heterodoxo para a diretoria de política monetária do Banco Central pode ficar travada no Senado. (II) Interlocutores do presidente anteveem espera de semanas ou até meses na CAE sob estas condições, ainda que na prática, não seja esperada rejeição.  (III) Em entrevista ao Valor, Tony Volpon afirma que há argumentos técnicos e políticos para elevar as metas de inflação, mas isto deveria ocorrer somente com uma desinflação já plenamente em curso.

Tributária: (I) Metrópoles destaca que, para líderes do centrão, o destino da reforma tributária será o mesmo de outras grandes PECs: começa de um tamanho nas comissões e acaba desidratada ao ser aprovada pelo plenário das duas Casas Legislativas.

CPI: (I) Mesmo após a oposição anunciar ter apoio necessário para instalar uma CPMI sobre os atos de 8 de janeiro, articuladores políticos do Palácio do Planalto ainda veem com ceticismo a possibilidade de o colegiado sair do papel.  (II) Auxiliares do presidente Lula dizem não haver qualquer estratégia definida sobre o tema e aguardam a lista de nomes dos parlamentares que assinaram o pedido de criação da comissão para definir os próximos passos.

GLOBAL

Reino Unido: (I) Sunak e Von der Leyen devem anunciar acordo sobre protocolo da Irlanda do Norte em conferência de imprensa hoje. *Zona do

Euro: (I) Lagarde sinaliza mais 50 pontos base de alta na reunião de março e postura data dependent posteriormente, com objetivo de retornar a inflação à 2% e mantê-la neste patamar.

Japão: (I) Ueda diz que evitará comprometimento de manter meta em 2% como chair do BoJ, mas que não há necessidade de mudança do objetivo.  (II) Por outro lado, Ueda volta a afirmar que tendência da inflação teria de subir substancialmente para que BoJ adote política restritiva.

As principais notícias de Brasil e Internacional ao longo do overnight – por Felipe Sichel, Economista-chefe Banco Modal.

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